quinta-feira, 17 de maio de 2012

CRÔNICANDO[SOFÁ]



Sofá

Abro a porta,
as contas se amontoam sobre o velho capacho de welcome, ligo a luz, ligo a tv, desligo a luz, nenhum som, só imagens, jogo a pasta de um lado e me jogo no meu velho sofá com os assentos carcomidos pelo tempo e os braços empoeirados, não tem som, não tem boa noite, não tem outra voz, não tem nem minha voz.Não aguento mais estes dias cheios de vastidão vazia, nada, nada me dá prazer...
Abro a porta,
no velho capacho não tem nada escrito, desligo a luz, desligo a tv, ligo a luz, todos os sons lá fora, nenhum imagem, abraço minha pasta, sinto delicadamente no meu velho sofá com os assentos reformados e os braços límpidos, todos os sons, alguém dia boa noite, tem outra voz, e a minha, a minha voz não saí.Não aguento mais estes dias vazios de vastidão vazia. tudo, tudo me dá prazer...
Abro e fecho os olhos...
Fecho e abro os olhos...
Ainda me resta este canto!

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